Carisma
Profetas do Amor e ministros da Reconciliação
Por carisma entende-se um "dom especial" do Espírito Santo que uma pessoa recebe para perceber uma característica da vida de Deus. O carisma se liga a uma experiência de fé que a pessoa faz de Deus, movido pelo Espírito Santo.
O carisma revelado a uma pessoa é sempre dado para toda a Igreja. Portanto, poder ser participado por todas as pessoas que se sentirem atraídas ou chamadas a viver o mesmo carisma. É importante que os seguidores de um carisma sejam fiéis à sua inspiração inicial. Contudo, todo o carisma é dinâmico, podendo e devendo adaptar-se às exigências de tempo, lugares e realidade do povo.
O Espírito Santo enriquece a Igreja com carismas que devem ser vividos em comunidade. Pe. Dehon (1843-1925) recebeu esta graça especial e fundou a Congregação dos Padres do Sagrado Coração de Jesus. Às vezes é difícil definir um carisma em apenas uma palavra. É mais ou menos como o sabor de uma fruta: difícil de explicar... melhor experimentar! Então, ao invés de tentar definir ou explicar o carisma de Pe. Dehon, vamos nos perguntar: qual foi sua experiência de fé?
Nosso fundador contemplou o amor de Deus que se doa até a última gota. Viu no lado transpassado de Cristo na cruz, a expressão mais invocadora deste grande amor. Depois, Pe. Dehon contemplou a sociedade do seu tempo e percebeu que a origem de todos os males estava na recusa ao amor de Cisto. Foi assim, contemplando o amor de Deus no céu e os males da Terra, que Pe. Dehon recebeu a inspiração, o dom, a força, o carisma de ser Profeta do Amor e Ministro da Reconciliação (reparação).
Ao meditar a palavra de Deus, Pe. Dehon encontrou esta expressão de São Paulo: “Minha vida presente na carne, eu a vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e se entregou a si mesmo por mim” (Gl 2,20). Era exatamente o que ele havia experimentado. Era o seu carisma: completar na sua carne, o que falta nas tribulações de Cristo pelo seu corpo, que é a Igreja (Cl 1,24).
Entretanto, prosseguiu os estudos em Paris, onde cursou Direito na Sorbona. Aos 21 anos era advogado. E era também livre para ultrapassar finalmente a resistência paterna.
Pe. Dehon percebeu que este carisma era o centro da devoção ao Sagrado Coração de Jesus, muito forte já naquela época. O mestre nos dá o seu Coração para que possamos “amar como Jesus amou, sonhar como Jesus sonhou, pensar como Jesus pensou, viver como Jesus viveu, sentir o que Jesus sentia, sorrir como Jesus sorria”, como diz a canção de Pe. Zezinho, scj.
A cruz de traços suavizados, onde já não há mais um coração, continua falando dele. Aquele “Coração” está hoje onde se sofre, onde se busca a solidariedade e onde dois ou três se reúnem no seu nome, não apenas para cantar e orar, mas também para pensar, servir e repensar a nossa sociedade. O carisma dehoniano é feito do verbo ir. Todos os dias os religiosos, padres e irmãos, do Sagrado Coração de Jesus rezam o seu Ato de Oblação e procuram viver este carisma: unidos ao Coração de Jesus, entregar toda a sua vida ao Pai pela salvação do mundo!
Ora et Labora
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